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Ophélia

Livros. Filmes. Música. Poemas.

Ophélia

Livros. Filmes. Música. Poemas.


Publicado por Patrícia Caneira

30.03.22

2022 tem sido verdadeiramente generoso no que toca a livros novos na estante. Claro que são mais os que estão em lista de espera do que aqueles que tenho tempo para ler mas isso são outros quinhentos! Entre a coleção Romances Eternos, a promoção da Bertrand e o meu aniversário, consegui juntar num cestinho alguns dos livros que estava mais ansiosa por ler este ano!

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O primeiro que comprei não faz parte desta lista porque na verdade já o tinha lido no verão passado, no entanto, tinha sido um empréstimo da biblioteca da minha prima e eu queria muito tê-lo na minha. Claro que a coleção Romances Eternos e o simpático preço de 2,95€ foi o plano perfeito para comprar a bonita edição de Orgulho e Preconceito de Jane Austen. 

Ora quando este livro me chegou às mãos e pude reparar na bonita capa dura e ilustrações que trazia, decidi que iria comprar mais alguns livros da coleção e vieram assim parar cá a casa dois romances históricos que me sentia na obrigação de ler: O Monte dos Vendavais de Emily Brontë que me tem ocupado as últimas semanas e Jane Eyre da irmã Charlotte Brontë. 

Depois chegou o meu aniversário e com ele vieram dois livros que já faziam parte da lista há algum tempo. Em forma de poesia chegou o Constelação da Sónia Balacó, que já li e vos falei aqui e ainda A Amiga Genial de Elena Ferrante. 

A semana passada, para desgosto da minha carteira e extremamente motivada pelas sugestões do Livra-te, decidi aproveitar as promoções da Bertrand e comprar dois livros que já toda a gente leu menos eu. Mas não se assustem esses corações, é desta que vou fazer parte da sociedade e aventurar-me em dois dos grandes sucessos dos últimos dois anos. Normal People de Sally Rooney e The Seven Husbands of Evelyn Hugo de Taylor Jenkins Reid são também o meu regresso às leituras em inglês e sinto que não me vou desiludir. 

Agora é só colocar mãos à obra, ou melhor, olhos aos livros. 

E desse lado, já leram alguma destas obras? O que acharam?


Publicado por Patrícia Caneira

21.03.22

Não havia dia mais bonito para terminar este livro que o Dia Mundial da Poesia. Antes de ser fã de ficção já eu era fã de poesia, encontrar Fernando Pessoa transformou a minha forma de olhar para a vida e o meu gosto pela escrita. Antes de sonhar ser jornalista, escrevi muitos poemas, alguns guardei na gaveta e outros publiquei, no alto dos meus 18 anos, num pequeno livro chamado Ponto e Vírgula

Quando comecei a ler os poemas soltos que a Sónia Balacó ia deixando algures nas redes, percebi que precisava de lê-los todos. E sorte a minha, apareceu-me o Constelação como presente de aniversário. A Sónia é hoje, juntamente com a Filipa Leal, a minha poeta (sim, poeta) favorita. Segue as linhas com liberdade, sem versos contados, sem rimas e sem métricas. E este Constelação reúne alguns dos poemas mais bonitos que já li. Fica apenas um ilustrado mas não posso deixar de vos pedir que leiam o Faz mais sentido que as coisas desaparecam à noite, o poema da página 32 e o poema da página 90

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Há quem diga que os poetas não servem para nada. Eu cá acho que não seria nada sem os poetas. 

Constelação
Sónia Balacó
113 páginas 
★★★★★


Publicado por Patrícia Caneira

18.03.22

Eu não ouvia podcasts. Desculpem dizê-lo desta forma tão fria que pode afetar os mais sensíveis mas é a mais pura realidade. Não conseguia entender bem o fenómeno e os que ouvia de quando em vez em episódios soltos vinham sempre acompanhados do respetivo vídeo. Mas na luta por tornar as minhas viagens de carro menos aborrecidas e sendo uma fã assumida do blog da Rita da Nova decidi experimentar o Livra-te, um podcast que junta a Rita à Joana da Silva e o onde o tema são, claro está, livros. 

E foi assim que desde a semana passada as quartas e sextas se tornaram os meus dias preferidos, só por saber que posso vir até Lisboa na companhia do Livra-te. E meus amigos, o fenómeno conquistou-me de tal maneira que ando agora a consumir 3 a 4 episódios por viagem. É maravilhoso ouvir as sugestões (e confissões) e chega a uma altura em que até sinto que estou numa conversa de amigas, em que lhes respondo com as minhas opiniões ou fico com a lágrima no canto do olho por não partilharem a minha opinião sobre alguns dos meus livros favoritos.

De qualquer forma não podia ser egoísta e guardar este tesouro só para mim. Partilho por isso, em jeito de sugestão, o meu episódio favorito até agora, daqueles que me fizeram ficar mais 10 minutos no carro já depois de chegar a casa.

No entanto, antes que acabem todos os episódios que ainda tenho para ouvir e tenha de ficar em modo ressaca, queria saber se por aí são fãs de podcasts e o que é que aconselham a quem entrou agora neste maravilhoso mundo novo.

Fico a aguardar as vossas sugestões!


Publicado por Patrícia Caneira

15.03.22

Já fazia parte da minha lista há alguns anos, principalmente depois de ler o emblemático 1984 de George Orwell. Mas confesso que foi a sugestão da Vera que me levou a ir em busca desta obra às bibliotecas mais próximas (que é como quem diz às estantes de amigos e conhecidos). E assim foi. Em poucos dias tinha na mão uma edição de 2017 da revista Visão, traduzida por Paulo Faria. 

a quinta dos animais.png

O livro começa com uma breve nota do tradutor que justifica a escolha do título Quinta dos Animais, mais fiel ao original Animal Farm, em vez daquele presente na edição portuguesa de 1976: O Triunfo dos Porcos. Devo confessar, caro tradutor, que não partilhamos da mesma opinião e que depois de ler o livro fiquei bastante triste por não ser este último o título escolhido. 

E é em jeito de fábula que Orwell apresenta uma crítica à União Soviética de Estaline. A história fala da Quinta do Infantado onde viviam vários animais a mando do Sr. Reis. Certo dia, cansados de trabalhar e ver a sua ração e qualidade de vida reduzida, decidem colocar em marcha uma revolução que tinha como objetivo expulsar o Sr. Reis e tornarem-se eles mesmos donos da quinta. Assim, todos seriam recompensados pelo seu trabalho, nunca faltaria comida, tinham até direito a dias de folga e a uma reforma descansada.

As criaturas de fora olhavam de um porco para um homem, de um homem para um porco e de um porco para um homem outra vez; mas já se tornara impossível distinguir quem era homem, quem era porco.

Mas quando a revolução toma lugar e a quinta passa a ser gerida por Napoleão (um dos porcos mais respeitados da quinta), as promessas e ideias originais dão lugar a benefícios para os porcos - autointitulados os mais inteligentes, encarregues de pensar e escrever. E claro, menos direitos para todos os outros animais, que começam a sentir com força a fome, o frio e o medo. 

É então em jeito de sátira que Orwell constrói esta história, com um desenrolar e um final não muito diferente daquele a que muitas vezes somos expostos como humanos. Li a obra ainda antes de rebentar a guerra na Ucrânia. Infelizmente faz agora mais sentido. 

A Quinta dos Animais
George Orwell

156 páginas
★★★★☆

Fica para banda sonora uma das canções do grande álbum Animals, lançado em 1977 pelos Pink Floyd.

 

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