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Ophélia

Livros. Filmes. Música. Poemas.

Ophélia

Livros. Filmes. Música. Poemas.


Publicado por Patrícia Caneira

20.12.20

Não consigo fazer três coisas ao mesmo tempo. Com um trabalho a tempo inteiro e horários rotativos e uma tese de mestrado para entregar, foi o Ophélia que acabou por ficar para trás. Na verdade, foi ele e também os livros, que desde outubro estão todos parados na gaveta. 

No entanto, as saudades de escrever não se matam sozinhas e hoje depois de uma folga em que consegui despachar um capítulo da tese, fiz as refeições da semana e ainda treinei de manhã, decidi passar por aqui e deixar-vos uma sugestão.

Desta vez chega em jeito de música, porque no fundo, juntamente com a poesia é ela que nos salva. Descobri Jackson Browne há uns dois meses e desde aí que na minha playlist é tudo o que toca. Não é recente, não é pop, não passa na rádio mas aquece-me o coração na maioria das vezes e nas outras afunda-me em tristezas. A These Days provoca-me um misto das duas coisas e chega embrulhada em mel e com um laço de paz. 

Em forma de presente, deixo-vos a simplicidade de Jackson Browne. Não só para este Natal mas para todos os dias da vida, que a simplicidade é mesmo o que mais esquecemos. O som de uma guitarra. O cheiro a café. O sol de inverno. O estarmos vivos. 

 

 

 


Publicado por Patrícia Caneira

18.09.20

Hoje não vos trago um livro mas sim uma revista, afinal, o mais importante é ler. Como já disse algumas vezes por aqui sou formada em Jornalismo e por isso este universo tem um cantinho especial no meu coração. A primeira edição da DØT Magazine surgiu o ano passado e quando a Joana, que criou este projeto me convidou a fazer parte da segunda edição, a resposta só podia ser positiva. E assim foi.

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Mas não é só por fazer parte da equipa que vos quero falar da DØT. Falo dela porque esta é uma revista recente no panorama nacional, é jornalismo independente feito por uma equipa jovem que quer dar palco à música portuguesa.

A revista, que é vegan em toda a sua produção, impressa em papel 100% reciclado e biodegradável, reúne cinco entrevistas a artistas nacionais sobre música (óbvio) e sobre liberdade, o tema desta edição que se inspirou na música de Sérgio Godinho.

Na capa está Tomás Adrião, lá dentro Golden Slumbers, Fado Bicha, Zanibar Aliens e Lena D'Água. Toda a revista é escrita à mão pela Joana, que tem também o dom de todas as fotografias que lá encontram. 

Depois de sair da gaveta a 16 de setembro, a DØT Magazine está disponível em Lisboa, na Chasing Rabbits Record Store ou online em www.itsdotmagazine.com, pelo valor de €4,50 mais portes de envio. 

Esta é uma boa opção para quem gosta de ler, para quem gosta de música e para quem gosta de projetos inovadores, no fundo, para toda a gente. 

 
 
 


Publicado por Patrícia Caneira

09.05.20

Acho que já perceberam, por algumas dicas que vou deixando aqui e ali, que sou estudante de Comunicação, mais especificamente de Jornalismo. E que isso influencia bastante a forma como descubro coisas ou opino sobre elas. Foi assim que me chegou às mãos na última semana o filme biográfico Veronica Guerin.

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Lançado em 2003, o filme está disponível para alugar e comprar no Youtube e conta a história verídica de uma jornalista que se tornou um ícone por investigar os barões de droga de Dublin e as suas relações com o IRA. Entre artigos publicados que denunciavam nomes e alcunhas, Veronica tinha encontros com traficantes que em troca do seu silêncio lhe revelavam novos detalhes. As coisas complicam-se à medida que a investigação avança e depois de ameaças e espancamentos, a jornalista acaba assassinada. 

Este é um final que se espera desde o ínicio porque todas as peças do puzzle nos indicam a fatalidade da história, mas o desfecho final ganha por ter trazido a público o nome de todos os envolvidos no tráfico que acontecia nas ruas irlandesas, incluindo o do cabecilha do grupo. Todos foram condenados e no ano seguinte, a taxa de crime em Dublin reduziu 50%. 

Uma história que fala de coragem e determinação. Este é o exemplo claro de uma mulher que coloca a verdade acima de tudo, mesmo quando isso significa arriscar a sua vida e a da sua família. É um daqueles exemplos que nos mostra a versão romântica do jornalismo, a busca pelos factos, mesmo quando tudo à nossa volta nos quer calar. 

Foi por esta versão romântica que me aventurei no jornalismo. Esta profissão que tem como regra não ter medo e informar, mesmo o que incomoda. Quer dizer, principalmente o que incomoda. Claro que não iremos falar aqui, do que atualmente é o jornalismo e de todos os problemas que levariam a profissão à terapia. Mas quero acreditar que há por aí muitas Veronicas Guerin, que até eu um dia poderei ser uma. Se assim não fosse, não fazia sentido continuar no barco. 

Já conheciam a história de Veronica Guerin? 

Veronica Guerin
Joel Schumacher
Biográfico
1h38

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